O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o Natal foi antecipado para Novembro. Com a festa, pretende “derrotar a amargura” que se vive no país.
A Venezuela está mergulhada numa grave crise socioeconômica e, no mês passado, um relatório do Banco Central concluiu que há 16 produtos considerados essenciais (do leite ao papel higiênico) que faltam permanentemente nas lojas venezuelanas.
Perante esta escassez e uma inflação que já vai nos 48%, o tecido social está deteriorando-se. Maduro, que tem acusado a oposição e alguns países estrangeiros de estarem provocando a crise, receia que esta afecte a revolução bolivariana socialista de Hugo Chávez, o Presidente que morreu em Março.
Maduro — que espera uma decisão superior ao seu pedido para governar por decreto, ou seja, suspendendo o Parlamento — decidiu que o Natal seria em Novembro. O Natal celebra-se a 25 de Dezembro em todo mundo católico desde o ano 354, por determinação do Papa Libério, que decidiu ficar nessa data a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
“Hoje, dia 1 de Novembro, quisemos decretar a chegada do Natal porque queremos a felicidade para todo o povo e a paz”, disse. O Presidente disse que ao antecipar a celebração do Natal dá ânimo aos venezuelanos e cria um ambiente de festa que controla os que querem “distúrbios” e “violência”. Não há nada como um cântico de Natal, disse Nicolás Maduro. Em Novembro, o Presidente criara a secretaria de Estado da Felicidade, sem que tivesse havido uma explicação política a justificar a medida.
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